Sindicato reivindica adicional de periculosidade aos cerca de 200 trabalhadores; empresa diz que exigência está em desacordo com a legislação e que a greve é ilegal
Thereza Felipelli / Jornal Imprensa Livre
Em greve desde segunda-feira, cerca de 200 funcionários da empreiteira Schahin Engenharia, prestadora de serviços para a Petrobras na construção do gasoduto de Caraguatatuba, querem o pagamento de adicional de 30% de periculosidade.
Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Mobiliário e Manutenção Industrial (Sintricom) de São José Campos e Litoral Norte, o adicional está sendo solicitado porque um dos dutos começou a funcionar e transmitir gás há aproximadamente três meses, implicando em riscos aos funcionários, que trabalham ao lado da tubulação.
“Assim que começou a passar gás ali, entramos em contato com a empresa, onde nos disseram que o adicional seria pago assim que algum órgão competente dissesse que tinham que pagar”, relata o vice-presidente do Sintricom, Rodrigo Chagas Mendes. “Em seguida, o Ministério do Trabalho (MT), após fiscalizar a obra, afirmou que a empresa era obrigada a pagar o adicional para todos”, continua.
“Com base no relatório, cobramos que os 30% fossem acertados no pagamento do dia 30 de junho. Antes disso, no dia 27, protocolamos um documento dizendo que se o adicional não fosse pago os funcionários entrariam em greve”, comunicou Mendes.
Ainda de acordo com o vice-presidente do sindicato, a primeira audiência de conciliação entre a empresa e os trabalhadores será realizada na terça-feira, às 16h30, em Campinas. “Se não houver um consenso, será designado um perito para verificar se há mesmo periculosidade, mas o MT é um órgão federal e nosso argumento é forte. No caso de não haver conciliação, vai para julgamento”, informa.
Schahin
Em nota, a Schahin afirmou que entende que “o adicional exigido pelo sindicato está em desacordo com a legislação trabalhista e de segurança do trabalho, sendo, inclusive, a greve também ilegal. Em razão disso, foi proposto dissídio de greve no Tribunal Regional do Trabalho de Campinas, com audiência inicial agendada para o dia”.
Petrobras
Segundo a Assessoria de Imprensa da Petrobras, a greve não prejudica o andamento das obras de expansão do gasoduto, visto que se trata de obra de expansão, com prazo de quatro a cinco anos para ser concluída.
1 comentários:
Alem de não pagar o adicional qdo trabalhei no canteiro ate uns dias atras tem um tanque de combustivel que armazena em torno de 160 mil lts. no centro do canteiro acarretando ainda mais o risco para todos pois não tem nem o AVCB do corpo de bombeiros trabalhando irregular.
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