segunda-feira, 2 de maio de 2011

Gás lacrimogêneo usado pela PM impede Marcha da Maconha

A Polícia Militar impediu por volta das 15h deste sábado a passeata do grupo organizador da Marcha da Maconha, proibida na sexta-feira pela 2ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça. Após a decisão judicial, os manifestantes se reuniram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para realizar uma passeata pela liberdade de expressão.
No mesmo local, cerca de 20 pessoas fizeram uma pequena manifestação contra a droga. Por volta das 15h, a tropa de choque da PM jogou ao menos três bombas de gás lacrimogênio para dispersar o grupo que se deslocava pela Avenida Paulista.
De acordo com o capitão Benedito Del Zecchio Junior, o fim da passeata foi definido com base na decisão judicial. Cerca de 700 pessoas participaram do encontro e pelo menos três pessoas foram detidas e encaminhadas para o 78º Distrito Policial (Jardins). Não há informações sobre o motivo das detenções.
O grupo contrário à legalização da droga chegou ao vão livre do Masp e realizou o que o professor Eduardo Thomaz chamou de "panfletagem contrária". "Estamos aqui exercendo a liberdade de expressão igual a eles", disse Thomaz. O grupo, que faz parte do Movimento Ultradefesa, de acordo com o professor, representa os "valores da família contra a droga".

Na sexta, o desembargador Teodomiro Mendez, relator do processo, considerou que a marcha "não trata de um debate de ideias, apenas, mas de uma manifestação de uso público coletivo de maconha" e que o evento favorece a fomentação do tráfico de drogas. A liminar foi movida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão e Prevenção aos Crimes Previstos na Lei Antitóxicos (Gaerpa) do Ministério Público.
Gabriela Moncau, uma das organizadoras da marcha, considera a decisão um absurdo. "A marcha deve acontecer num País que alega ser democrático. A gente tem direito de se manifestar. Não estamos fazendo apologia ao crime, pelo contrário, a nossa proposta é justamente defender algo em favor da legalização", afirmou. De acordo com o grupo, os manifestantes foram orientados a não levar para o evento qualquer substância ilícita.
UOL-Cotidiano/Notícias/Simone Sartori                       Caraguablog/JFPr
Veja fotos da Marcha da Maconha pelo mundo
 Marcha da Maconha pelo mundo   Fotos APP
Brasil em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro
No Mundo:Toronto, Canadá, Santiago Chile, Lisboa, Portugal,  Lima Peru, Paris França, Buenos Aires Argentina
No Brasil, uma das maiores manifestações ocorreu na zona Sul do Rio, ao longo da orla da praia


Além da Argentina, vários outros eventos na América Latina
usaram o slogan "cultive seus direitos"

Mulher usa um colar de folhas de maconha na manifestação
pela legalização da droga em Buenos Aires

Segundo ativistas argentinos, a prioridade do movimento é a "derrogação imediata"
das leis que proíbem a posse de drogas e o cultivo da maconha  

Na capital da França, homem foi enrolado em uma bandeira
com o desenho da folha da cannabis, durante a marcha global


Em Lisboa, Portugal, manifestantes carregam cartaz durante marcha no centro da cidade

Em Lima, no Peru, homem grita slogans da Marcha da Maconha,
que defende os direitos individuais dos usuários

Em Santiago, chilenos promoveram mais de uma
marcha na cidade em prol da legalização da maconha

No Chile, manifestante vestido de folha de maconha
participa da marcha que reuniu centenas de jovens na capital

Canadense fuma maconha durante a manifestação nas ruas de Toronto

Em Toronto, no Canadá, os organizadores dizem ter reunido 49 mil pessoas
 na Marcha da Maconha, pedindo a legalização do uso da droga

Marcha da Maconha foi proibida em Belo Horizonte,
considerada apologia às drogas, e acabou com cinco pessoas detidas


Na capital portuguesa, vários adeptos foram
vestidos de fantasias alusivas à erva
Caraguablog/JFPr


   

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