quinta-feira, 24 de março de 2011

Caraguá: Uma festa boa pra cachorro

Alguém disse uma vez, não se sabe inspirado em quê, que cachorro também é gente

Zairah, a aniversariante
Ninguém nega que a lealdade canina supera léguas à frente a lealdade humana. Cães não fingem: se gostam do dono, gostam mesmo. Há casos até de cachorros que não se afastam do túmulo do seu dono nem a pau, de tão fiel que são, e ali ficam até o último dos seus dias, lamentando a ausência.

Custa ao ser humano retribuir tanta sinceridade ao seu fidelíssimo companheiro? Claro que não.

Talvez esse fato tenha inspirado um acontecimento no mínimo inusitado em Caraguá: a festa de aniversário de um cãozinho, com direito a bolo e brigadeiros – feitos de ração, óbvio – e outros quitutes mais, como ossinhos estilizados. Não faltaram os enfeites e os convidados especiais para a festa, igualmente caninos. Muitos até posaram para as fotos.



Depois que deixei, digamos, minha vida cachorra, não sou mais convidado para festas do gênero. Não sei exatamente como se passou, mas pelas fotos que recebi e estou mostrando a vocês, a festa deve ter sido mais ou menos assim...

Foi a peluda Zairah que comemorou mais um aninho de vida. A sua dona caprichou o que pôde para que a festa nada deixasse a desejar. E de fato, foi muito boa. Nenhum convidado se estranhou e nem saiu embriagado ou dizendo cobras e lagartos da recepção, como os humanos costumam fazer. Houve alguns latidos mais elevados, mas nada que pudesse empanar o brilho do encontro.
No horário marcado, lá estavam os cãezinhos todos limpinhos, cheirosos, enfeitados com lacinhos e roupinha e prontos para a festa da cachorrada. Havia um poste químico e um receptáculo raso para as necessidades dos convidados e convidadas, além de um local reservado para o cocô. O som rolou solto. Só não tocaram, por evidente, a música "Rock da Cachorra", do Eduardo Dusek. Uma organização perfeita.

Babi, uma convidada
Dizem, não sei se é verdade, que teve um cãozinho que ficou encantado com uma cadelinha rabinho empinado, de lacinho na cabeça, tipo patricinha, e pode dar casamento. Sorte da dona, pois a sua peluda é de raça e cada filhote custa uma nota pretíssima. Foi amor à primeira vista. E sendo amor canino, certamente que é um amor sincero.

Enquanto os cães se apresentavam, se conheciam, um cheirava o respectivo do outro – uma velha tradição deles, entende? – as suas donas, orgulhosas, trocavam informações sobre os animaizinhos, contando as peraltices de cada um. Só não valia ali era fazer fofoca. Não iria cair bem neste tipo de festa.

Penélope, convidada
Não há dúvida que esta foi a verdadeira festa boa pra cachorro. Pelo menos, nenhum dos convidados se sentiu constrangido. Como não podia ser diferente, o ponto alto foi quando todos, não sei como, entoaram o tradicional “parabéns a você”. Latidos e uivos os mais sinceros foram ouvidos longe. Claro que, à sua moda, suas donas acompanharam o coro.

Ninguém ficou sabendo que pedido íntimo fez a sapeca aniversariante Zairah ao apagar as velinhas. Quem sabe pediu em secreto um cachorrão sarado só para ela, tipo pitbull, boxer, pastor alemão ou rottweiler. Os pinshers não são lembrados nessa hora. Vai entender o que se passa na cabeça de uma “cãozinha”...

Veja os flagrantes da festa. >>>>>>








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1 comentários:

Fabiana disse...

Que bacanaaaaaaaaaa!!! adorei!!! Arrasou Siiii!!! A festa da Zairinha estava lindaaaaa!!!