sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O fim da Engenheiro João Fonseca é o endereço do Papai Noel

A casa fica na av. Siqueira Campos
Quem sobe a Engenheiro João Fonseca para em seguida virar à esquerda, em direção à prefeitura, se depara com uma casa toda iluminada no final da rua.

São tantas as luzes que logo despertam o interesse de se saber um pouco mais a respeito da pessoa que se dispõe a enfeitar sua residência com tantos detalhes para comemorar a chegada do Natal e o nascimento do Menino Jesus.

Essa casa toda enfeitada com motivos natalinos, que prende a atenção de todos assim que é vista, pertence à Graziela Santana Frugoli Bustamante Sá. Ela é esposa do Haroldo Sá, proprietário da Caraguá Veículos. Católica apostólica romana, tem fé em Cristo, gosta do Natal e sempre teve paixão pela decoração natalina.


Artista plástica, natural de Caraguatatuba, iniciou o trabalho de enfeitar a casa assim que adquiriu o imóvel, no ano de 2000, já casada com Haroldo. No início decorou a sacada da frente, com vista para a rua, apenas com festão. No ano seguinte inovou com cascata e assim vem evoluindo a cada ano, sempre incrementando e apresentando novidades.

Ela torce para que não haja chuvas, que desmancham e estragam os adornos, sem contar o perigo de curto-circuito das lâmpadas. Ela diz que não compra tudo novamente no ano seguinte. O desmanche é feito cuidadosamente, com critério, e a maioria dos enfeites são recuperados por ela própria.

Graziela conta que executa sozinha, com muito amor, a decoração natalina. Lembra que para a confecção do Papai Noel, que ali está desde o primeiro ano, recebeu a colaboração de um tio, que fez o boneco para ficar sentado na carroça, comprada em Nova Petrópolis e trazida para Caraguá. A carroça, que não mais existe, participou do seriado global “As Sete Mulheres”.

Quanto ao custo, Graziela fala que é bastante alto, mas que nunca colocou na ponta do lápis, como se diz. Porém, como recupera uma boa quantidade de enfeites, o ônus pesa menos. “É muito prazeroso, vale a pena”, confessa.

A casa é aberta a visitas e todos querem tirar fotografia. Por isso mesmo ela tem de ficar atenta. “Nos dias de hoje tem muita gente com segundas intenções, são aqueles de coração-de-pedra”, comenta. Ela diz que tem medo, sim, mas que confia em Deus para que possa continuar desenvolvendo seu trabalho. “Se algo acontecesse seria o fim”, acrescenta.

Seu intuito desde o início foi o de agradar as crianças da classe baixa, que nem sempre têm um Natal. Ela distribuiu presentes, que chama de lembrancinhas, para as crianças que visitam a casa no Natal. Hoje, diz que esse objetivo foi alcançado entre as crianças que acreditam em Papai Noel, independente da classe social. Diz que tem várias histórias para contar da visita dessas crianças. A novidade neste ano é um “verdadeiro” Papai Noel, que distribuiu as lembranças dando um ar mais realista ao Natal.

Sobre a premiação em dinheiro oferecida pela prefeitura, diz que faz a decoração há muito tempo sem se preocupar com reconhecimentos. Contou que outro dia uma pessoa, possivelmente conhecedora das regras do concurso da prefeitura, mandou tirar uma “namoradeira” que mantém na janela. A pessoa disse que o boneco descaracteriza a decoração e poderia ocasionar a perda pontos na competição ou mesmo a desclassificação. Graziela de pronto respondeu que não ira tirar nada, que não decorava por causa de prêmios, que sua inscrição no concurso ocorreu só pelo fato de fazer a decoração.

Graziela conta que um dia chegou a desanimar e pensou em parar com os enfeites. Porém, lembrando a alegria e o sorriso das crianças, a emoção de todos, conseguiu reunir forças pra levar avante o seu trabalho. Hoje tem certeza que é muito gratificante continuar com os enfeites natalinos. “Só neste ano já estiveram aqui várias crianças com Síndrome de Down que ficaram radiantes de contentamento e alegria. Dava gosto de ver”, comemora.

Graziela falou de outras histórias de crianças que ficaram encantadas com os enfeites natalinos e com o pequeno presente que recebem de recordação quando visitam sua casa. “Eles recebem uma lembrança, não importando sua condição social. O Papai Noel, que antes só comparecia nos fins de semana, hoje está presente todas as noites para receber a criançada. Mas é preciso parar a chuva para acender as luzes”, complementou.

Finalizou dizendo de uma moça que com mais de trinta anos que chorou como criança de tão emocionada que ficou com a exuberância das luzes e com os motivos natalinos. “Não sei que sentimentos passaram por sua cabeça. Mas creio que ela ficou muito feliz com o que viu e principalmente sentiu. Era pura emoção”, completou.


Assista ao vídeo da casa de Papai Noel
Texto: Caraguablog - foto PMC, editada por CB
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