Helton Romano
Morro
tem risco iminente de escorregamento de terra; ocupação não para de crescer
As fortes chuvas que castigaram a Costa Sul nas últimas
semanas motivaram a visita de técnicos do Instituto Geológico (IG) – órgão
ligado ao Governo do Estado – para avaliar os riscos de acidentes nas encostas
de morros. A situação mais preocupante continua sendo no Morro do Esquimó,
localizado às margens da Rodovia Rio-Santos, no bairro de Juquehy em São Sebastião.
Foi observado que a movimentação constante do solo já está
causando danos nas escadarias de acesso, trincando casas e deslocando muros de
arrimo. “É uma bomba relógio prestes a explodir. A qualquer momento pode ter um
grande escorregamento”, alerta a geóloga Daniela Faria.
Conforme explica, atualmente o solo do Esquimó está em
processo de rastejo (movimentação lenta). “Está piorando e, de uma hora para
outra, o solo pode se romper de uma vez, ocasionando o escorregamento, que é
muito mais rápido”, declara a geóloga.
Ela lembra que, em 2005, o IG realizou um mapeamento da área
de risco e, desde então, vem recomendando a retirada das famílias. Mesmo assim,
a ocupação no local não para de crescer. “Cada vez que vamos lá a gente vê que
está aumentando o número de moradias”, repara Daniela.
O Morro do Esquimó é considerado prioridade para a Defesa
Civil do município, que afirma monitorar a área diariamente. A reportagem não
conseguiu contato com o secretário municipal de Segurança, Ewandro Góes.
Diversos deslizamentos de terra vêm sendo registrados nos
últimos anos. Em setembro de 2009, cerca de 40 pessoas tiveram que deixar suas
casas. No mês seguinte, as famílias ficaram sob ameaça de pedras de grande
porte que corriam o risco de rolar. Em junho passado, um imóvel movimentou
cerca de dez centímetros para os lados, causando diversas rachaduras na
estrutura.
A Prefeitura não informou o total de pessoas que habitam o
Morro do Esquimó, nem confirmou a atuação de fiscais para impedir novas
construções.
A reportagem apurou
que, de acordo com levantamento realizado há cinco anos, havia 210 imóveis no
local. Uma fonte ligada à Secretaria de Habitação disse, extraoficialmente, que
o crescimento desordenado acontece em área de domínio do DER – Departamento de
Estradas e Rodagens. Ainda segundo esta fonte, o assunto deve ser abordado em
reunião agendada para a próxima semana com representantes do órgão estadual.
Fonte: Imprensa
Livre
Caraguablog/JFPr

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