“A empresa que tinha o contrato não quis renovar.
Inicialmente queríamos que a empresa ficasse até a Páscoa. Como isso não
ocorreu, vamos fazer uma concessão temporária”, explicou Maurício.
Em função das irregularidades apontadas em investigação
feita pela Câmara de Ubatuba no ano passado contra a Companhia Municipal de
Turismo (Comtur), o prefeito ainda não definiu quem fará a administração dos
recursos recebidos.
“Ainda não definimos se será a Comtur ou a Prefeitura.
Precisamos saber qual a viabilidade econômica. O que vamos querer é total
transparência na arrecadação e aplicação dos recursos”, salientou.
A aplicação irregular do dinheiro arrecadado com a zona azul
na cidade foi tema de denúncia feita pelo Imprensa Livre em 5 de setembro. A
reportagem obteve cópias de recibos que comprovaram depósitos referentes à taxa
pública cobrada dos ônibus de turismo que visitam a cidade na conta da pessoa
física de G.F., apontada como mulher do ex-caseiro da sede e atual presidente
da companhia.
Um dia após a reportagem ser publicada, o então prefeito
Eduardo César publicou um decreto encerrando as atividades da companhia. A
denúncia gerou ainda a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito no
Legislativo, que concluiu depois de três meses que os depoimentos colhidos
foram unânimes no sentido de que existiu a intenção de fraudar execução de
créditos trabalhistas e fiscais.
“Também são fortes os indícios de que existiu ‘mensalões’,
desigualdade entre os funcionários, licitações e cobranças duvidosas e
descontroladas na Comtur. E que não há dúvida que a Comtur não cumpre os seus
objetivos, existindo apenas para realizar a duvidosa cobrança de ônibus e
vans”, disse o então vereador Mauro Barros (PSC), no relatório final da CPI.
Com a maior parte das ações nas mãos do poder público
municipal (51%), a Comtur foi criada no começo da década em 1990 para fomentar
o desenvolvimento de atividades turísticas e gerenciá-las.
Desde então, ficou responsável pela arrecadação de uma série
de taxas, sobretudo por aquela cobrada dos ônibus que chegam ao principal
terminal turístico do centro da cidade, no Perequê-Açu, como em estacionamentos
para veículos em outras cinco praias: Maranduba, Lagoinha, Domingas Dias,
Tenório e Praia Grande. Por um preço de R$ 10, o usuário pode ficar em uma das
praias das 8h às 19h.
Fonte: Imprensa
Livre/ Acácio Gomes
Caraguablog/JFPr
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