Páginas deste Blog

Páginas

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Com sede em São Sebastião, Samu completa dois anos de prestação de serviços no Litoral Norte


Samu São Sebastião comemora dois anos de muito trabalho

Neste sábado (10) o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Litoral Norte, completou dois anos de serviços prestados às cidades da região.  O município central e que comemora com orgulho este aniversário é São Sebastião.

Sede do Samu Regional do Litoral Norte, responsável pelo atendimento, regulação e despacho de todas as ocorrências das quatro cidades da região, São Sebastião detém, hoje, uma estrutura composta por cinco ambulâncias de suporte básico, tripulados por técnico auxiliar de enfermagem e um condutor; e uma unidade de suporte avançado (UTI), com médico, enfermeiro e condutor.

Ambulâncias - As ambulâncias de suporte básico contam com os equipamentos mais necessários como um desfibricador elétrico automático (DEA), usado para atendimento em casos de parada cardio respiratória, um oxímetro de pus, para dosagem de saturação de oxigênio no sangue, entre outros equipamentos essenciais para um pré-atendimento. Outros benefícios inclusos nas unidades são os medicamentos protocolados sob orientação do médico regulamentar; estes, são usados nos pacientes através de um sistema nomeado como tele medicina.

Já as unidades de suporte avançado, possuem todos os equipamentos que uma ambulância básica tem, bem como todos os equipamentos de uma UTI. A avançada, faz por exemplo, exames de eletro em paciente com suspeita de infarto na própria residência do cidadão e inicia o tratamento ainda no local, por meio de um medicamento que somente a prefeitura de São Sebastião adquire para o Samu. O remédio Tenecteplasio custa em média, R$ 4,8 mil a dose. A ambulância conta ainda com equipamentos de uso pediátrico e neo-natal.

Treinamento - Equipes de todo o Litoral Norte são treinadas pelos profissionais de São Sebastião, através do grupo de educação continuada, composto pela enfermeira Elaine Pereira, pelos técnicos de enfermagem Fábio Silva e Ana Maria, sobre a coordenação da enfermeira Maria Antonia Barbosa.

Até a presente data, foi realizado o treinamento de duas turmas e a terceira está em curso. No total, 150 profissionais já participaram das capacitações e reciclagens de acordo com os protocolos de urgência e emergência do Ministério da Saúde e desenvolvido pelo Hospital Osvaldo Cruz.

Todos os médicos da unidade avançada possuem capacitação em urgência e emergência e a maioria atua como intensivista.

Atendimentos - Da inauguração até hoje, a regulação, que fica na central em São Sebastião, já atendeu 82.406 solicitações. Dessas ligações, 98% resultaram no envio de uma ambulância para o socorro imediato. Nem todos os casos são necessários o deslocamento de uma unidade, pois a central possui um médico regulador para atendimento via telefone.

O serviço do Samu é diferenciado e procura chegar precocemente à vitima, seja de natureza clinica, traumática ou psiquiátrica. Muitas vezes os profissionais se vêem em condições de risco e ambientais desfavoráveis. O profissional nesse serviço, durante o seu plantão, não tem horário de alimentação, banho ou descanso; quando um paciente necessita, ele é prioridade.

Estrutura - Ao todo, 163 profissionais atuam no Samu Litoral Norte. Suas atividades são coordenadas por São Sebastião que mantém 67 funcionários.

Das seis ambulâncias, uma é avançada, com UTI, que fica sediada em Boiçucanga na Costa Sul. As outras quatro (básicas) estão distribuídas entre

Enseada, Costa Norte, Centro, Maresias e Juquehy, Costa Sul.

A central, fixada em São Sebastião, fica 24 horas por dia atenta aos atendimentos. São diversos profissionais como médicos, técnico auxiliar, regulação médica, despachador de ocorrência e rádio operador. A central trabalha com códigos por cores, o que facilita a triagem de paciente e a liberação das ambulâncias.

Ocorrências - Do primeiro dia deste ano até o momento,  as quatro cidades somam mais de 36,5 mil  atendimentos. 11.582 em São Sebastião, 12.388 em Caraguá, 8.357 em Ubatuba e 4.177 em Ilhabela. Os números ficam acima da expectativa da central reguladora, por exemplo, quando envolvem traumas relacionados ao trânsito: são 2,6 atendimentos diários computados em cada uma das quatro cidades. No ultimo mês, um dos municípios registrou três acidentes de moto, em um espaço de tempo de seis horas.

Orgulho - André Luís da Silva Leandro, coordenador geral do Samu Regional Litoral Norte – São Sebastião, se sente privilegiado em trabalhar em um serviço importante como este. “Depois de 13 anos trabalhando como funcionário na prefeitura, treinando colegas e voluntários na área pré-hospitalar, hoje faço parte de um grupo de pessoas que só tem um objetivo em comum, cuidar e salvar pessoas. Quero agradecer a todos os funcionários pelo empenho do dia-a-dia, todos aqueles que saem de suas casas para dar o seu melhor ao próximo, sem pedir nada em troca”, disse o coordenador geral.

Para a coordenadora médica do Samu Litoral Norte, Michele de Carvalho Soares Notari, há nove dias no cargo, há vários casos que marcaram a vida dela como médica reguladora, um deles envolvendo  uma criança de apenas 13 dias que estava engasgada. “Com minhas orientações via telefone, conseguimos desengasgá-la; como foi a primeira paciente que atendi, jamais esqueci. Outros casos comuns são as de paradas cardíacas”. Sobre sua recente entrada na equipe, a nova coordenadora explicou que esteve por dois anos à frente da regulação médica e o convite a deixou bastante feliz. “Fiquei dois anos como médica reguladora, hoje estou lisonjeada com o convite para este cargo de coordenação, é muito bom ver o reconhecimento do nosso trabalho”, disse Michele.

Já o médico regulador Alexandre Minamihara afirmou ser uma experiência diferente vivida a cada dia. “Aqui, nos deparamos com situações diversas, corriqueiras da medicina. Nós médicos reguladores somos autoridades aqui dentro, decidimos onde a ambulância precisa ir; cada caso é um caso, os mais graves merecem mais atenção e por isso são atendidos primeiro, os outros, atendemos por telefone e damos orientações enquanto a ambulância não chega. Somos meio médicos e meio estrategistas e às vezes, até meio psicólogos. Todo dia é uma nova experiência”, declarou Minamihara.

O motorista de ambulância Agnaldo Ribeiro Estevão trabalha na área da saúde desde a década de 90 e há nove meses está no Samu. “Trabalhar aqui é uma adrenalina danada (sic), eu adoro isso. Tem dias que chego a sair de nove a 10 vezes para atender ocorrências aqui da região central. É gratificante para nós da equipe. Gostamos bastante. Às vezes temos alguns casos bem tristes, mas sempre damos o nosso máximo e fazemos o possível para salvar vidas e ajudar às famílias; a maior parte dos casos é solucionado de forma positiva”, concluiu Estevão.
Fonte: Depto de Comunicação - foto: Luciano Vieira | PMSS

Nenhum comentário:

Postar um comentário