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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Adoção de Organização Social gera polêmica na área da Saúde em Caraguá


Meta de Antonio Carlos é terceirizar a administração de nova UPA e Integrantes do Comus têm dúvidas sobre modelo

Chico Pereira / jornal O Vale – 16/11/12
A decisão do prefeito de Caraguatatuba, Antonio Carlos da Silva (PSDB), de terceirizar a administração da nova UPA (Unidade de Pronto Atendimento), em construção, provocou uma crise na área de saúde.

Integrantes do Comus (Conselho Municipal de Saúde) questionam e levantam uma série de dúvidas sobre a proposta do tucano.

Entre os principais questionamentos estão a falta de representatividade da comunidade no conselho administrativo da OS (Organização Social) que for escolhida para gerenciar a unidade, o fato de esse modelo de gestão ser alvo de questionamentos judiciais e também porque foi decidido na Conferência Municipal de Saúde que os equipamentos do setor devem ser gerenciado diretamente pelo município e não por entidades terceirizadas.

Polêmica. Anteontem, o assunto foi abordado na reunião do Comus, com a presença da secretária de Saúde, Dercy Andolfo. Franklin Alves e Edson Mendes, integrantes do conselho, apresentaram uma série de dúvidas e pediram maiores esclarecimentos.

“Pelas mudanças nas regras aprovadas pela prefeitura, a OS que for escolhida para gerenciar a UPA terá poder para escolher todos os membros do conselho administrativo, sem a participação da comunidade. Queremos que a comunidade tenha mais representantes”, afirmou Alves.

Ele ponderou ainda que outra norma polêmica permite que a entidade, ao deixar de gerenciar a unidade, repasse o patrimônio adquirido para OSs de outras cidades, e não para entidades municipais, como preconizava as normas municipais antes da mudança.

Unidade. Segundo a prefeitura, as obras da nova sede da Secretaria Municipal de Saúde e a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas, que complementam o complexo instalado no bairro Jardim Primavera.

A UPA oferecerá consultas médicas de urgência/emergência adulto e infantil, com a realização de exames para diagnósticos e tratamento medicamentoso, consultas e procedimentos em Ortopedia, Radiologia, Ultrassonografia e Eletrocardiograma.

O valor da obra, incluindo equipamentos e mobiliários, soma cerca de R$ 4 milhões.

Reunião. Ao final da reunião do Comus, os conselheiros decidiram marcar uma reunião extraordinária na próxima semana para tratar exclusivamente dessa questão.
A secretária de Saúde informou, por meio de sua assessoria, que no encontro serão dirimidas as dúvidas levantadas pelos integrantes do Comus.

Segundo a prefeitura, ainda não foi definida qual a OS que irá administrar a UPA, mas a gestão será da prefeitura.

Para secretária, OS agiliza setor de Saúde

A secretária de Saúde de Caraguá, Dercy Andolfo, disse que a contratação de uma OS dará agilidade no serviço de urgência e emergência na Unidade de Pronto Atendimento, principalmente na compra e reposição de materiais e medicamentos da unidade.
Segundo informou a secretária em nota, o perfil da OS será de fazer a gerência da UPA, no bairro Jardim Primavera, mas a gestão será da secretaria municipal de Saúde.

A Secretaria de Saúde informou que cinco OS foram qualificadas após a prefeitura publicar o edital de chamamento.
Dessas cinco, uma OS apresentou proposta de trabalho que ainda está sob tramitação e análise técnica na pasta.

Valor. O valor do contrato será de aproximadamente R$ 1,3 milhão, por período de um ano, podendo ser prorrogado por igual período, informou a Secretaria de Saúde.

A titular da pasta declarou que a contratação da OS não era um tema que estava na pauta da reunião ocorrida na quarta-feira. A proposta da secretaria foi marcar um novo encontro com o conselho para discutir o assunto.

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