Em dez anos, o acesso à
educação melhorou significativamente nas regiões metropolitanas de Campinas, da
Baixada Santista do Vale do Paraíba e Litoral Norte. A constatação foi feita a
partir da divulgação dos dados detalhados dessas localidades no Atlas do
Desenvolvimento Humano.
Apesar da evolução ter sido
mais expressiva nos indicadores de educação, também houve melhora nos outros
itens que compõe o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo a
pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Bárbara
Marguti, foi observada ainda uma redução das desigualdades, tanto dentro das
regiões metropolitanas, como entre as diferentes metrópoles.
“A gente vê que há avanços em
todos os índices e subíndices da plataforma. A gente observa redução das
disparidades entre as 20 regiões metropolitanas, entre as sedes das regiões
metropolitanas e os IHDs dos municípios do entorno e redução de disparidade nas
três dimensões do atlas: longevidade, educação e renda”, ressaltou durante a
apresentação do estudo comparativo das quatro regiões. O IDH em educação é
definido a partir da escolaridade da população em diferentes faixas etárias.
Na Baixada Santista, o Índice
de Desenvolvimento Humano geral saiu de 0,7 em 2000 para 0,777 em 2010. O
número é considerado alto pela escala do IDH, que vai de 0 a 1. O IDH em
educação era de 0,579 (baixo) e evoluiu para 0,72 (alto). Em 2000, Bertioga e
Cubatão eram os municípios com pior IDH (0,634 – médio). Enquanto Santos tinha
o índice em 0,785.
Na região que engloba o Vale
do Paraíba e o litoral norte de São Paulo, o IDH evoluiu de 0,701, em 2000,
para 0,781, em 2010. Em educação, o índice saiu de 0,592 para 0,732.
Para o secretário estadual de
Desenvolvimento Social de São Paulo, Floriano Pesaro, o acesso a esse tipo de
informação ajuda a melhorar o desempenho das políticas públicas.
“Nós não temos muito
dinheiro. Mas isso não é novidade. As políticas sociais em geral não têm muito
dinheiro. Quanto mais precisa elas forem, no sentido de atenderem as demandas
de cada região, de cada família, melhor será o desempenho da política social”,
explicou.
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